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| Dona Suely, hoje é noite de ano novo. O que estamos fazendo, trabalhando até agora? | |
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| Eu estou trabalhando, chefinho. E senhor está entornando seu décimo copo de uísque. Por que não vai para casa se reunir à sua família? | |
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| Bom, a verdade é que preciso confessar. Sempre fui apaixonado pela senhora. Prefiro ficar aqui, com você, do que ir para casa. | |
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| Mas doutor Nelson, você sabe que eu era homem até outro dia. O senhor mesmo assinou minha licença médica para mudança de sexo. Eu era o Perivaldo, da expedição! Vai para casa, vai. | |
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| É mesmo? Nesse caso, me tire uma dúvida: o que mudou com a operação? A senhora é um homem preso em um corpo de transformista ou uma mulher presa num corpo de transformista? | |
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| Sou um homem preso em um corpo de mulher, senhor Nelson. Só mudei de sexo por uma aposta. Ah, quanto à diferença, não há muita. Continuo mijando em pé. Mas agora me molho um pouco mais. | |
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